segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Diferenças, 2

Recordo perfeitamente a minha preocupação num dia do ano passado quando a luz do candeeiro público que se encontra junto à minha casa decidiu tirar umas férias. Era Inverno e às 5 horas da tarde já estava escuro como bréu. Quando chegava a casa, do trabalho, a minha casa estava ali esquecida na escuridão e a insegurança inquietava-me. Bastou um telefonema para a Câmara, para tudo se resolver e a minha casa voltar a estar segura.

Por cá, a partir das 5 a escuridão é permanente...não há nenhuma iluminação. Caminhar à noite é simplesmente uma missão arriscada, e se for mesmo necessário então a lanterna é imprescindível. Conduzir é outro risco ... não havendo iluminação, a concentração tem de ser redobrada, o cansaço aperta e os olhos tendem a fechar-se. Desisti de fazer grandes viagens durante a noite.

Em conversas com alguns amigos, comento que em Portugal qualquer via de uma aldeia no interior de Portugal tem iluminação pública. A resposta não se faz esperar. "Já viste o tamanho dos EUA...se tivéssemos de iluminar todas as estradas, quanto é que pagaríamos de impostos?".

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Diferenças 1

Mais uma vez, hoje vivenciei algo que em Portugal seria impossível: a Associação de Pais preparou um almoço de Natal para todos os funcionários da escola, docentes e não docentes. Foi pedido a todos os pais para contribuirem com uma entrada, ou prato quente ou sobremesa, ou que se oferecessem para ajudar na preparação do espaço.

Na minha opinião, atitudes como esta permitem fortalecer os laços entre professores pais e alunos. De facto, aqui reconhece-se o trabalho do professor. O professor é alguém em quem os pais confiam e que se torna um verdadeiro amigo. Esta atitude foi um reconhecimento e um agradecimento pelo trabalho que a escola tem efectuado e um incentivo para continuar.

Em Portugal a mentalidade é outra: custa muito dizer obrigado. Não estamos habituados. Em Portugal, os pais vão à escola para reclamar. Aqui, os pais vão para agradecer. Em Portugal, os professores só têm obrigações. Aqui, também têm direitos.
Em Portugal o professor é desrespeitado. Aqui é amado.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Nos Estados Unidos as crianças são consideradas preciosas. Não sei se isso acontece porque a população está a ficar envelhecida, mas de facto senti uma atitude em relação às crianças completamente diferente da que existe em Portugal. Uma das coisas que mas me chamou a atenção foi a velocidade a que se é obrigado a conduzir quando se está a passar perto de uma escola (15 milhas). O que mais me espanta é que todos cumprem. Outra das situações surpreendentes e impossíveis em Portugal é o facto de não se poder ultrapassar o School Bus. Se ele está à tua frente, tens de rezar para que o autocarro mude de direcção, caso contráro é-se obrigado a parar sempre que ele pára. Quando um School bus pára, o trânsito pára quer de um lado, quer do outro da via, para as crianças poderem atravessar a rua em segurança. É verdadeiramente fantástico!

O cinto de segurança é obrigatóro, mas vejam agora: os school bus não têm cintos de segurança! Mas há mais. Num país que zela tanto pela segurança das crianças, estas vão para a esola num autocarro onde o único adulto é o condutor. Serei eu que sou muito exigente, ou há aqui um problema de coerência?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Greve Professores 03-12-2008

Por António Valério

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Hoje os professores em Portugal cumpriram um dia de greve.

Segundo os sindicatos foi a greve de professores com a maior adesão de sempre.

Não acredito que na base desta greve esteja apenas a avaliação. Na minha opinião, esta situação é um culminar do desrespeito que esta profissão sofreu, com mais notoriedade com a chegada desta ministra da educação, que, segundo me parece, de educação não percebe nada.

A adesão situou-se entre os 90%, segundo os sindicatos e 61%, segundo o ministério. Não sei se já aqui disse que estas discrepâncias não deveriam existir. Num país onde se exige tanto rigor e onde se proclama a eficácia acima de tudo, os valores deveriam ser exactos, em prol da transparência e da democracia. Assim, ficamos a saber que alguém está a mentir e não me parece que seja ético que o Governo, eleito pela população com a responsabilidade de milhões de futuros, apresente falsas estatísticas de adesão à greve. Gostava que se publicasse o nome de todos os que fizeram greve, para se saber, de uma vez por todas, quem fala a verdade. É possível, não é?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sonhos

Nunca tive o sonho de conhecer a América. Tenho mais agora, que estou cá do que quando estava na Europa. A verdade é que ainda nenhuma cidade que visitei nos EUA me surpreendeu como me surpreendeu Paris quando a visitei pela primeira vez. Mas com Paris eu tinha sempre sonhado.

Entretanto

Entretanto mais uma manifestação de professores em Lisboa, no dia 15 de Novembro, que se quiseram afirmar independentes dos sindicatos. 7000.

Hoje ocorrem manifestações de professores em cada uma das capitais de distrito.

Há uma greve agendada para o dia 3 de Dezembro.

E a ministra não recua. Arre!

sábado, 15 de novembro de 2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O Ridículo da avaliação

Esta história da avaliação de professores por pares, irrita-me profundamente. E para mostrar um exemplo do ridículo da situação, imagine-se esta avaliação aplic:ada aos deputados: a criação de dois tipos de deputados: os deputados titulares (mais velhos e mais capazes de avaliar) e os outros, simples deputados.

Para progredir na carreira, todos os deputados deveriam ser avaliados pelos deputados titulares. Ora, havia de ser engraçado um deputado do BE ser avaliado por um do PSD; ou um do PCP ser avaliado por um do CDS. Mas não ficamos por aqui.
No início do ano, todos os deputados deveriam apresentar os seus objectivos mínimos e uma grelha com a planificação de todos as intervenções políticas no parlamento.Da sua avaliação, constaria também um portefólio, a análise crítica de todos as intervenções efectuadas e reuniões com o deputado titular. Da sua avaliação constaria ainda o nº de votos alcançado nas eleições pelo partido que representasse. E, claro está, a assiduidade. Faltar a uma sessão, impediria o acesso a uma classificação de excelente.
Se todos os deputdos tivessem a classificação de excelente, ainda tinham de ultrapassar a barreira das quotas. E quem escolheria os deputados excelentes? O partido que estivesse no governo, claro está. Tenho a certeza de que ninguém duvidaria da sua imparcialidade, não é assim?

Ridículo, não é? Pois nós, professores, também achamos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Qual "Pesadelo Burocrático"?

Por Manuel António Pina
Jornalista, escritor
in Jornal de Notícias
13 de Novembro 2008


Um responsável do SINDEP revelou ao DN, ilustrando o modelo de avaliação da ministra Lurdes Rodrigues, o caso concreto de uma professora com 9 turmas e 193 alunos que vai ter que introduzir manualmente no computador 17 377 registos e fazer 1456 fotocópias, além de participar em algo como 91 reuniões. Contas feitas, a 1 minuto por registo, e visto que a professora é um Usain Bolt informático, e não dorme nem come, nem se coça, nem se assoa, inteiramente entregue à avaliação, são 290 horas, isto é, 12 dias (noites incluídas).
Já 1456 fotocópias a 1 minuto cada (tirar o papel do monte, pô-lo na bandeja da fotocopiadora topo de gama da escola, esperar que saia fotocopiado e colocá-lo noutro monte), levam-lhe mais um 1 dia (noite incluída). E 91 reuniões, também de 1 minuto, mais 91 escassos minutos. Ao todo, a professora fará a coisa em pouco mais de 13 dias (noites incluídas). Qual "pesadelo burocrático" qual quê! No fim ainda lhe sobrarão, se alguém a conseguir trazer do cemitério ou do manicómio, 152 dias para dar aulas, aprovar os 193 alunos e contribuir para as estatísticas da ministra.
por Manuel Alegre
in Revista Ops, nº1
Novembro 2008

Se a eleição de Obama é um facto de mudança, devemos ter consciência de que, num país como o nosso, o que faz mudar é a formação das pessoas, a educação, a cultura, a comunicação, a produção e divulgação científica, a inovação tecnológica e social. Tal não é viável num clima de tensão permanente entre o Ministério da Educação e os Professores, nem num ambiente de incompreensão entre o MCTES e as universidades. Confesso que me chocou profundamente a inflexibilidade da Ministra e o modo como se referiu à manifestação, por ela considerada como forma de intimidação ou chantagem, numa linguagem imprópria de um titular da pasta da educação e incompatível com uma cultura democrática. Confesso ainda que, tendo nascido em 1936 e tendo passado a vida a lutar pela liberdade de expressão e contra o medo, estou farto de pulsões e tiques autoritários, assim como de aqueles que não têm dúvidas, nunca se enganam, e pensam que podem tudo contra todos.O Governo redefiniu a reforma da educação como uma prioridade estratégica. Mas como reformar a educação, sem ou contra os professores? Em meu entender, não é possível passar do laxismo anterior a um excesso de burocracia conjugada com facilitismo. Governar para as estatísticas não é reformar. A falta da exigência da Escola Pública põe em causa a igualdade de oportunidades. Por outro lado, tudo se discute menos o essencial: os programas e os conteúdos do ensino. A Escola Pública e as Universidades têm de formar cidadãos e não apenas quadros para as necessidades empresariais. No momento em que começa a assistir-se no mundo a uma mudança de paradigma, esta é a questão essencial. É preciso apostar na qualificação como um recurso estratégico na economia do conhecimento, através da aquisição de níveis de preparação e competências alargados e diversificados. Não é possível avançar na democratização e na qualificação do sistema escolar se não se valorizar a Escola Pública, o enraizamento local de cada escola, a participação de todos os interessados na sua administração, a autonomia e responsabilidade de cada escola na aplicação do currículo nacional, a educação dos adultos, a autonomia das universidades e politécnicos.Não aceito a tentativa de secundarizar e diminuir o papel do Estado no desenvolvimento educacional do nosso país. Sou a favor da gestão democrática das escolas, com participação dos professores, dos estudantes, dos pais, das autarquias. Defendo um forte financiamento público e um razoável valor de propinas, no ensino superior, acompanhado de apoio social correctivo sempre que necessário. E sou a favor do aumento da escolaridade obrigatória para doze anos. Devem ser criadas condições universais de acesso à escolaridade obrigatória, nomeadamente através de transporte público gratuito e fornecimento de alimentação. O abandono escolar precoce deve ser combatido nas suas causas sociais, culturais e materiais.Não se pode reformar a educação tapando os ouvidos aos protestos e às críticas. É preciso saber ouvir e dialogar. É preciso perceber que, mesmo que se tenha uma parte da razão, não é possível ter a razão toda contra tudo e contra todos. Tal não é possível em Democracia.

CAPRICHO E SOBERBA

Baptista-Bastos

Escritor e jornalista b.bastos@netcabo.pt



Cento e vinte mil mil professores na rua não emocionaram o Governo. A ministra e Sócrates afirmaram-se renitentes nas decisões tomadas: é assim que dissemos, é assim que fazemos. Capricho, desdém e alarde não constituem excepção neste Executivo, o qual, sem ser, notoriamente, socialista, também não é carne nem peixe nem arenque vermelho. Mas 120 mil pessoas indignadas não são a demonstração de uma birra absurda nem a representação inútil de uma frivolidade. A cega teimosia de Sócrates pode, talvez, explicar que não está à altura do seu malogro, mas sim do seu umbigo. Porque de malogro e de narcisismo se trata. A qualidade de um Governo afere-se pelo grau de comunicabilidade que estabelece com os outros, e pelo sentido ascensional que possui do tempo e do espaço para elevar a vida colectiva. Sócrates esqueceu-se, ou ignora, que o homem é ele e a sua circunstância, como ensinou Ortega. E que num político a circunstância é criada por ele próprio, sem negligenciar os outros. A verdade é que não conhecemos os seus desígnios criativos, mas sim as variações desafortunadas da sua política. Há tempos, João Lopes, o amigo e o crítico por igual excelente, dizia-me que Portugal tinha falta de compaixão. A palavra "compaixão" adquiria o sentido de simpatia e compreensão pelo outro. É verdade. Ausentamo-nos e negamo-nos, escarnecemo-nos e desprezamo-nos, deixámos de nos ouvir uns aos outros; nem transeuntes somos: trespassamo-nos porque dissipámos a consistência e, acaso, a ternura. Com a nossa desmedida indiferença permitimos o nascimento de gente presumidamente detentora da verdade. A soberba de Sócrates, ante o protesto dos 120 mil, advém, certamente, desse sombrio e feio convencimento. Em Fevereiro de 1947, quando, em França, se preparavam eleições, Camus escreveu, no Combat, um texto que assim começava: "Os problemas que há dois anos nos excedem vão cair no mesmo impasse. E, sempre que uma voz livre procurar afirmar, sem pretensões, aquilo que pensa, logo uma matilha de cães de guarda, de todas as cores e feitios, começará a ladrar furiosamente, para abafar o eco dessa voz." Em consciência, a impassibilidade de José Sócrates e a crispada frieza de Maria de Lurdes Rodrigues podem abafar o eco de 120 mil vozes, que protestam muitas razões de que não é preciso reter senão as mais importantes? Um Governo que recusa, constantemente, a obrigação de ouvir o outro, admite a possibilidade do direito à desobediência. A rigidez decisória não conduz ao apaziguamento e distancia-se dos verdadeiros interesses, criando rancores e ressentimentos desnecessários e duradouros. Conversar, escutar, dialogar, debater, por vezes com furor e impaciência, é solução muito mais eficaz do que alimentar uma inconsiderada teimosia, de consequências imprevisíveis.


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A Segunda Manifestação

Há muito que não sentia uma sensação de culpa tão grande. Os meus colegas estavam lá e eu não podia. Tinha um oceano pela frente e senti-me um traidora.

Durante o dia procurei ter notícias do que se passava através da internet. Breves referências, nos jornais. Nos telejornais, poucas reportagens para imensidão de professores na manifestação. E depois o comentário da Ministra, no Porto. A prova inequívoca da cegueira política. Como é possível negar o direito de mudança a 120.000 pessoas. 120.000. Não foram 100, nem 200, nem 1000, nem 10.000. Nem sequer 100.000.
Como é possível insistir na reforma, quando todos os intervenientes estão contra. Quem fará a reforma? E de que forma?

Não sei o que vai acontecer daqui para a frente nas escolas. A avaliação está suspensa em muitas delas. Mas temo que esta reacção nos faça recuar.
Os Sindicatos prometem um greve geral para o dia 19 de Janeiro. Desde já manifesto o meu desacordo por esta data. Em primeitro lugar, esta greve vai desunir os professores: em muitos casos o ordenado de um dia faz muita diferença; em segundo lugar, a existir greve, esta deveria ser às avaliações do 1º período, durante uma semana ou duas, num esquema organizado entre professores, para não esvaziar completamente os nossos bolsos e até o Ministério ceder. Só isso daria resultado.

Já agora, vale a pena ouvir os sinais de Abismo de Fernando Alves, na TSF
http://tsf.sapo.pt/programas/programa.aspx?content_id=903681&audio_id=1041730

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

And the dream comes true

If there is anyone out there who still doubts that America is a place where all things are possible; who still wonders if the dream of our founders is alive in our time; who still questions the power of our democracy, tonight is your answer.
It's the answer told by lines that stretched around schools and churches in numbers this nation has never seen; by people who waited three hours and four hours, many for the very first time in their lives, because they believed that this time must be different; that their voice could be that difference.
It's the answer spoken by young and old, rich and poor, Democrat and Republican, black, white, Latino, Asian, Native American, gay, straight, disabled and not disabled - Americans who sent a message to the world that we have never been a collection of Red States and Blue States: we are, and always will be, the United States of America.
It's the answer that led those who have been told for so long by so many to be cynical, and fearful, and doubtful of what we can achieve to put their hands on the arc of history and bend it once more toward the hope of a better day.
It's been a long time coming, but tonight, because of what we did on this day, in this election, at this defining moment, change has come to America.
I just received a very gracious call from Senator McCain. He fought long and hard in this campaign, and hes fought even longer and harder for the country he loves. He has endured sacrifices for America that most of us cannot begin to imagine, and we are better off for the service rendered by this brave and selfless leader. I congratulate him and Governor Palin for all they have achieved, and I look forward to working with them to renew this nations promise in the months ahead.
I want to thank my partner in this journey, a man who campaigned from his heart and spoke for the men and women he grew up with on the streets of Scranton and rode with on that train home to Delaware, the Vice President-elect of the United States, Joe Biden.
I would not be standing here tonight without the unyielding support of my best friend for the last sixteen years, the rock of our family and the love of my life, our nations next First Lady, Michelle Obama. Sasha and Malia, I love you both so much, and you have earned the new puppy thats coming with us to the White House. And while shes no longer with us, I know my grandmother is watching, along with the family that made me who I am. I miss them tonight, and know that my debt to them is beyond measure.
To my campaign manager David Plouffe, my chief strategist David Axelrod, and the best campaign team ever assembled in the history of politics - you made this happen, and I am forever grateful for what youve sacrificed to get it done.
But above all, I will never forget who this victory truly belongs to - it belongs to you.
I was never the likeliest candidate for this office. We didnt start with much money or many endorsements. Our campaign was not hatched in the halls of Washington - it began in the backyards of Des Moines and the living rooms of Concord and the front porches of Charleston.
It was built by working men and women who dug into what little savings they had to give five dollars and ten dollars and twenty dollars to this cause. It grew strength from the young people who rejected the myth of their generations apathy; who left their homes and their families for jobs that offered little pay and less sleep; from the not-so-young people who braved the bitter cold and scorching heat to knock on the doors of perfect strangers; from the millions of Americans who volunteered, and organized, and proved that more than two centuries later, a government of the people, by the people and for the people has not perished from this Earth. This is your victory.
I know you didnt do this just to win an election and I know you didnt do it for me. You did it because you understand the enormity of the task that lies ahead. For even as we celebrate tonight, we know the challenges that tomorrow will bring are the greatest of our lifetime - two wars, a planet in peril, the worst financial crisis in a century. Even as we stand here tonight, we know there are brave Americans waking up in the deserts of Iraq and the mountains of Afghanistan to risk their lives for us. There are mothers and fathers who will lie awake after their children fall asleep and wonder how theyll make the mortgage, or pay their doctors bills, or save enough for college. There is new energy to harness and new jobs to be created; new schools to build and threats to meet and alliances to repair.
The road ahead will be long. Our climb will be steep. We may not get there in one year or even one term, but America - I have never been more hopeful than I am tonight that we will get there. I promise you - we as a people will get there.
There will be setbacks and false starts. There are many who wont agree with every decision or policy I make as President, and we know that government cant solve every problem. But I will always be honest with you about the challenges we face. I will listen to you, especially when we disagree. And above all, I will ask you join in the work of remaking this nation the only way its been done in America for two-hundred and twenty-one years - block by block, brick by brick, calloused hand by calloused hand.
What began twenty-one months ago in the depths of winter must not end on this autumn night. This victory alone is not the change we seek - it is only the chance for us to make that change. And that cannot happen if we go back to the way things were. It cannot happen without you.
So let us summon a new spirit of patriotism; of service and responsibility where each of us resolves to pitch in and work harder and look after not only ourselves, but each other. Let us remember that if this financial crisis taught us anything, its that we cannot have a thriving Wall Street while Main Street suffers - in this country, we rise or fall as one nation; as one people.
Let us resist the temptation to fall back on the same partisanship and pettiness and immaturity that has poisoned our politics for so long. Let us remember that it was a man from this state who first carried the banner of the Republican Party to the White House - a party founded on the values of self-reliance, individual liberty, and national unity. Those are values we all share, and while the Democratic Party has won a great victory tonight, we do so with a measure of humility and determination to heal the divides that have held back our progress. As Lincoln said to a nation far more divided than ours, We are not enemies, but friends...though passion may have strained it must not break our bonds of affection. And to those Americans whose support I have yet to earn - I may not have won your vote, but I hear your voices, I need your help, and I will be your President too.
And to all those watching tonight from beyond our shores, from parliaments and palaces to those who are huddled around radios in the forgotten corners of our world - our stories are singular, but our destiny is shared, and a new dawn of American leadership is at hand.
To those who would tear this world down - we will defeat you. To those who seek peace and security - we support you. And to all those who have wondered if Americas beacon still burns as bright - tonight we proved once more that the true strength of our nation comes not from our the might of our arms or the scale of our wealth, but from the enduring power of our ideals: democracy, liberty, opportunity, and unyielding hope.
For that is the true genius of America - that America can change. Our union can be perfected. And what we have already achieved gives us hope for what we can and must achieve tomorrow.
This election had many firsts and many stories that will be told for generations. But one thats on my mind tonight is about a woman who cast her ballot in Atlanta. Shes a lot like the millions of others who stood in line to make their voice heard in this election except for one thing - Ann Nixon Cooper is 106 years old.
She was born just a generation past slavery; a time when there were no cars on the road or planes in the sky; when someone like her couldnt vote for two reasons - because she was a woman and because of the color of her skin.
And tonight, I think about all that shes seen throughout her century in America - the heartache and the hope; the struggle and the progress; the times we were told that we cant, and the people who pressed on with that American creed: Yes we can.
At a time when womens voices were silenced and their hopes dismissed, she lived to see them stand up and speak out and reach for the ballot. Yes we can.
When there was despair in the dust bowl and depression across the land, she saw a nation conquer fear itself with a New Deal, new jobs and a new sense of common purpose. Yes we can.
When the bombs fell on our harbor and tyranny threatened the world, she was there to witness a generation rise to greatness and a democracy was saved. Yes we can.
She was there for the buses in Montgomery, the hoses in Birmingham, a bridge in Selma, and a preacher from Atlanta who told a people that We Shall Overcome. Yes we can.
A man touched down on the moon, a wall came down in Berlin, a world was connected by our own science and imagination. And this year, in this election, she touched her finger to a screen, and cast her vote, because after 106 years in America, through the best of times and the darkest of hours, she knows how America can change. Yes we can.
America, we have come so far. We have seen so much. But there is so much more to do. So tonight, let us ask ourselves - if our children should live to see the next century; if my daughters should be so lucky to live as long as Ann Nixon Cooper, what change will they see? What progress will we have made?
This is our chance to answer that call. This is our moment. This is our time - to put our people back to work and open doors of opportunity for our kids; to restore prosperity and promote the cause of peace; to reclaim the American Dream and reaffirm that fundamental truth - that out of many, we are one; that while we breathe, we hope, and where we are met with cynicism, and doubt, and those who tell us that we cant, we will respond with that timeless creed that sums up the spirit of a people:
Yes We Can.
Thank you, God bless you, and may God Bless the United States of America

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domingo, 2 de novembro de 2008

Um igual aos outros




Ele tinha tudo para ser diferente. A cor, a ideologia e a garra. Seria provavelmente a concretização do sonho de Luther King. Mas os milhões gastos em propaganda eleitoral, tornam-no igual aos outros. Se esses milhões fossem investidos já nos problemas que ele se propõe combater, aí eu acreditaria que ele seria Aquele. Mas, como os actos continuam a estar afastados das palavras, ainda continuo à espera.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Leituras




Sempre pensei que nunca me iria interessar por este tipo de livros ... mas como resistir a uma história de amor?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

gatos nos sonhos

pedro andré

Raramente me lembro dos meus sonhos. Mesmo quando o sonho me acorda a meio da noite, no dia seguinte já não consigo recordá-lo. Mas ontem não consegui esquecer o gato preto a olhar para mim, muito calmamente como a certificar-se de que eu o tinha visto e a ir-se embora. 
Durante todo o dia não consegui deixar de pensar no gato preto. Tinha a certeza de que significava alguma coisa. E a curiosidade matava-me.

Só à noite, tive acesso à internet. E lá estava o que eu mais temia: sonhar com um gato preto significa acidente ou traição. Qual deles o melhor!!

 Mas o pior é que esta informação não me servia de nada! Um acidente ou uma traição é algo que não se previne e para os quais nunca estamos preparados.

Depois...uff...lembrei-me da queda que dei a meio da tarde e que me fez uma nódoa negra do tamanho de uma bola de ténis!! Será que é só isso bichano, ou há mais?


sexta-feira, 19 de setembro de 2008




Ainda não consegui habituar-me a esta sociedade direccionada para o carro. Ou se tem carro ou não se sai de casa. E depois podes fazer tudo sem sair do carro: comprar comida, levantar dinheiro ... Será por essa razão que os carros aqui são enormes, por serem uma segunda casa e não um meio de transporte? Não admira que a maioria dos americanos seja obesa ... esta gente não se mexe!!
E já que falamos em alimentação, eles estão mesmo na cauda da Europa nesse aspecto ... o fast food impera e não se vê forma de mudar... Pergunto-me vezes sem conta se estas crianças imaginam que o peixe também se pode comer...

Mas há aspectos positivos!!! Roupinha, sapatinhos, perfumes, óculos, relógios ... tudo muito baratinho para quem vem da Europa. E agora, perdoem-me, mas já são horas de ir fazer mais umas compritas... pois é, que hei-de fazer, sou mulher!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Comichões


Não ficaria irritada se isto não estivesse a tornar-se um hábito, mas a verdade é que começa a ser considerado normal. E isso irrita-me!

Quando um professor manda calar um aluno, que está a falar mesmo debaixo do seu nariz, recebe estas surpreendentes respostas:

a) Eu não estava a falar!
b) Estava a falar da matéria.
c) Estava a falar baixinho.
d) Espere um bocadinho, professor. (E continua a falar).

A verdade é que é cada vez mais raro o aluno que aceita a chamada de atenção do professor, pede desculpas e adopta um comportamento correcto, calar-se! E isso irrita-me tanto!...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Aqui fica uma óptima ajuda para quem quiser ir estudar para os EUA.
Trata-se de um Guia para Candidaturas a Mestrado e Doutoramento de Pedro C. Pinto, publicado em parceria com a fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

quarta-feira, 7 de maio de 2008


Et voilà!! Home sweet home!!!
A partir de Agosto, vou mergulhar profundamente na cultura americana ... um ano inteirinho para conhecer a costa este dos EUA!! Com imensas saudades dos meus alunos, com imensa pena de não dar continuidade à minha D.T. ... mas "novos valores mais altos se alevantam".

terça-feira, 8 de abril de 2008

Para entender os professores

Foi com imenso prazer que assisti à participação desta minha colega, Isabel Fevereiro, no programa Prós e Contras sobre indisciplina. Nesta magnífica intervenção, Isabel Fevereiro põe o dedo na ferida dos reais problemas que se colocam nas escolas: a pressa do Ministério na implementação de mudanças profundas, a meio do ano lectivo, que destabilizam o ambiente escolar e que exigem mais tempo de reflexão por parte de todos os intervenientes nesse processo; a falta de apoio do Conselho Executivo e do Ministério aos professores, lançando-os no campo de batalha sem armas, mas exigindo-lhes a vitória; a atitude generalizada de facilitismo e de desrespeito que alastra nas escolas portuguesas.
Vale a pena ouvir até ao fim.


segunda-feira, 31 de março de 2008

Não podia deixar de começar as aulas com o seguinte pedido: Quem não ficou surpreendido com as imagens do Carolina levanta o braço. 9ºx 17 alunos/ 9º y 16 alunos. Mais de metade dos alunos afirma não ter ficado surpreendido com aquela situação. Um dos alunos disse que a professora não tinha o direito de retirar algo pessoal à aluna. Outro afirmou que no ano passado(Ufff) tinha feito pior. Alguns disseram que se estivessem no lugar da professora tinham batido na aluna ... A maior parte condena a atitude da aluna. Vá lá!!!

Uma horinha até perceberem que o uso de telemóveis na sala de aula não é permitido e que esta regra, que fora definida por eles no início do ano, nem sempre era cumprida por suas excelências!

A verdade é que as aulas hoje decorreram bem! Os alunos entraram correctamente na sala de aula e demonstraram um comportamento bastante satisfatório. Falava um de cada vez e calavam-se assim que lhes era pedido. Eheheh, via-se ali a pressão dos pais, e o medo de se tornarem os próximos a aparecer na TV na lista dos pais que não sabem dar educação aos filhos!! Vamos lá ver por quanto tempo os pais aguentam os filhos com rédea curta , ehehehe...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Confesso que não era este o rumo que eu queria dar a este novo blog ... mas ele escolheu o seu próprio caminho ...ou tudo se proporcionou para que os seus primeiros passos fossem por aqui. Inicialmente este blog deveria ser o sucessor de um mais antigo, que tem estado em repouso. O título "Amanhecer" não era mais do que o início de um novo dia, a esperança de um amanhã, pessoal ... mas, surpreendentemente, a conjuntura social exigiu que este título ganhasse um outro sentido, a esperança de um amanhã social. Pois que assim seja. Ficará como um espaço de reflexão da minha prática educativa e das práticas, educativas ou não, da sociedade portuguesa.

quarta-feira, 26 de março de 2008

E se a professora tivesse feito isto?

Valha-nos o youtube, III

Porque estes meninos já perceberam que as faltas disciplinares não têm consequência nenhuma. Se no relatório, o professor escrever que foi marcada uma falta disciplinar ao aluno por este não obedecer ao professor, que o mandou repetidamente estar calado, as instâncias superiores torcem o nariz e muitas vezes esquecem-se de dar continuidade ao processo, porque consideram que não obedecer ao professor não é uma infracção grave. E eu tenho a certeza de que foi por este motivo que esta minha colega não fez imediatamente a participação disciplinar. E até me atrevo a dizer que não a faria, caso o incidente não tivesse aparecido no Youtube. Ela sabia que a sua palavra seria inaudível.
Valha-nos o youtube!

terça-feira, 25 de março de 2008

Valha-nos o youtube,II

Talvez a resposta a esta pergunta dê uma tese de mestrado. Poder-se-ão apontar todas as causas possíveis, o signo ou o ascendente da professora, quiçá a influência da lua. O que não poderá deixar de se referir é que os alunos não obedecem, na generalidade, aos professores. É preciso dizê-lo para se poder actuar. Pede-se a um aluno que pare de falar e ele não pára, pede-se a um aluno que nos dê a caderneta para mandarmos um recado para os Encarregados de Educação e ele recusa-se, pede-se a um aluno que mude de lugar, porque está a perturbar o colega, e ele não obedece. É este o real estado da educação. Mas o pior ainda vem aí: autorizem que estes alunos participem na avaliação dos professores e veremos o estado em que fica o ensino. Talvez seja este o objectivo: acabar de uma vez com o ensino público para que os filhos das classes médias engrossem as listas das escolas privadas.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Valha-nos o youtube

Perante as imagens de indisciplina que foram publicadas no Youtube e que abriram todos os telejornais durante os dois dias seguintes, Portugal inteiro indignou-se e eu fiquei deveras estupefacta porque me dei conta que a população, incluindo os intelectuais da nossa praça e creio eu a nossa ministra, ainda não se tinha dado conta do estado a que tinha chegado o ensino público. Porque para nós, professores, isto não é um caso de excepção e a prová-lo basta verificar a data em que a professora fez a participação do que se tinha passado na aula: quase uma semana depois desta ter ocorrido. Para quem estuda os fenómenos da educação, aí está o ponto de partida para uma boa reflexão: o que terá levado esta professora, depois de ter vivido a humilhação que tanto chocou os portugueses, o que terá levado esta professora, repito, a não ter feito imediatamente uma participação disciplinar desta aluna e da sua turma?

quinta-feira, 20 de março de 2008

Horas, minutos e segundos,II

A verdade é que ainda não tive ocasião de vir até aqui para contabilizar as minhas horas de trabalho, mas ainda vou a tempo de o fazer.
Na segunda feira, depois do jantar continuei a corrigir testes e, no dia seguinte de manhã, a mesma coisa... Na quarta de manhã, corrigi testes e às dez horas fui novamente para a escola até às oito: assisti a uma acção de sensibilização sobre sexualidade, fora do meu horário de trabalho. Na quinta de manhã, acabei de corrigir mais uma turma de testes. De tarde, dei aulas.
Na sexta, estive a preencher relatórios e a organizar a papelada da direccção de turma.
Sábado e domingo, preenchimento de grelhas de avaliação de todas as turmas. Reflexão sobre as classificações a atribuir aos meus alunos.
Segunda: todo o dia a preencher os registos de avaliação dos alunos e a preparar a reunião da minha DT. Terça e quarta: reuniões de avaliação. Quinta: verificação da pauta e dos registos.

Será que tenho direito à tolerância de ponto com que o governo decidiu presentear a F.P.? Ou será que isto também é um privilégio?!

Só não vê quem não quer ver: o horário de trabalho de um professor não se limita ao nº de horas que ele passa na escola, vai muito além disso. Por isso não me venham com essa de que os professores não trabalham ... essa já não cola!!!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Horas, minutos e segundos

Ontem, domingo, estive a corrigir testes!!! Quantas horas? Não as contabilizei, mas lembrei-me de passar a ter esse cuidado para que depois não digam que os professores não trabalham. Portanto, aos cinco dias de trabalho de um funcionário público, acrescentem mais dois: o sábado e o domingo!!

Ontem, dia 9, estive a corrigir testes. Não tive tempo para ler o jornal, nem para levar os meus filhos a passear, nem para ir ao cinema ou, enfim, para não fazer nada, que também sabe bem! Trabalhei a tarde toda e, depois do jantar, continuei. Foi pena não ter contabilizado as horas de trabalho, mas acredito que chegava perfeitamente para completar um dia de trabalho semanal dos mais comuns dos funcionários públicos. Mas só corrigi uma turma. Ainda me faltam três x 27 alunos, ou seja, mais oitenta e um testes.

Hoje, dia 10, entrei na escola às dez e saí às dezoito e trinta. Tive quarenta e cinco minutos para almoçar. Além de dar aulas, tive uma reunião que demorou mais de duas horas. Como não conseguimos terminar os assuntos que tínhamos para resolver, será marcada nova reunião com data ainda a definir. Portanto em quantas horas já vamos, hoje? Nove. 9!!!!

Mas pensam que me fico por aqui? Esta noite, torno a passar o serão a corrigir testes. Venho cá, mais tarde, para a contabilidade.
"A ministra da Educação diz “não ser relevante” a participação de 100 mil professores na Marcha da Indignação, este sábado em Lisboa, ..."

PÚBLICO, 08/03/2008

É triste uma Ministra da Educação não ter o mínimo de humildade para admitir que este número, jamais visto em Portugal, é efectivamente RELEVANTE. É mesmo muito triste.
Basta isto para provar a capacidade de diálogo desta equipa da educação.

domingo, 9 de março de 2008

Manifestação de professores 8/março/2008

Uma mar de gente!

Foi de facto um momento único da história de Portugal : professores unidos numa tentativa de salvar o ensino público. Acreditem que é isso que está em causa.