sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O Ridículo da avaliação

Esta história da avaliação de professores por pares, irrita-me profundamente. E para mostrar um exemplo do ridículo da situação, imagine-se esta avaliação aplic:ada aos deputados: a criação de dois tipos de deputados: os deputados titulares (mais velhos e mais capazes de avaliar) e os outros, simples deputados.

Para progredir na carreira, todos os deputados deveriam ser avaliados pelos deputados titulares. Ora, havia de ser engraçado um deputado do BE ser avaliado por um do PSD; ou um do PCP ser avaliado por um do CDS. Mas não ficamos por aqui.
No início do ano, todos os deputados deveriam apresentar os seus objectivos mínimos e uma grelha com a planificação de todos as intervenções políticas no parlamento.Da sua avaliação, constaria também um portefólio, a análise crítica de todos as intervenções efectuadas e reuniões com o deputado titular. Da sua avaliação constaria ainda o nº de votos alcançado nas eleições pelo partido que representasse. E, claro está, a assiduidade. Faltar a uma sessão, impediria o acesso a uma classificação de excelente.
Se todos os deputdos tivessem a classificação de excelente, ainda tinham de ultrapassar a barreira das quotas. E quem escolheria os deputados excelentes? O partido que estivesse no governo, claro está. Tenho a certeza de que ninguém duvidaria da sua imparcialidade, não é assim?

Ridículo, não é? Pois nós, professores, também achamos.

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