sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Aquela caixinha onde guardamos cartas de toda a nossa vida ... quem é que não tem uma? Os meus alunos, claro, que não escrevem cartas de papel! E pronto, daqui a uns anos esta caixinha cheia de "papéis pintados com tinta" há-de valer uma fortuna!

sábado, 10 de outubro de 2009

Perspectivas


Esteve sempre tão longe e, agora, está cada vez mais perto...

domingo, 21 de junho de 2009

Ah! Aqueles momentos em que tenho de falar e as palavras não saem ...eu gostava tanto de lhe ter dito o quanto ela foi importante para mim, mas em vez disso só a consegui abraçar. E até tentei, mas os sons desfaziam-se em lágrimas ... Tinha pensado em não me despedir...no dia anterior dissera-lhe até logo como quem vai voltar a ver-se no dia seguinte, mas ela leu o meu olhar e avisou-me logo que nem me atrevesse....para quê, sabes o que vai acontecer, sou latina ... que eu precisava de alguém que me dissesse adeus, que era importante ... sabes que prefiro o até logo, o adeus é muito definitivo ... que não e que não e que não me perdoava ...
Sabes que nada vai ser igual, dissera-lhe eu há uns tempo atrás, a distância enfraquece a amizade. Ela sabia, mas também tinha a certeza de que no momento em que nos voltássemos a encontrar, tudo seria igual a hoje.
Oxalá esse momento não demore muitos anos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Digam-me, digam-me se alguém consegue meter um ano em cinco malas!! Eis o que me tem mantido afastada daqui.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Kris Allen venceu o concurso American Idol.

Apesar de ser o meu concorrente favorito, confesso que fiquei surpreendida com a vitória, tal era o entusiasmo com que o júri, nomeadamente Simon Cowell, falava das actuações de Adam Lambert, o outro concorrente que disputou a final.

Kris Allen, estudante, 23 anos, transforma assim os seus sonhos em realidade. No entanto, o facto de os outros não terem ganho o concurso não lhes tira valor e tenho a certeza absoluta de que ainda vamos ouvir falar de muitos deles. A voz de Allison, por exemplo, é inconfundível...

Adam Lambert e kris Allen são pessoas completamente diferentes: o primeiro excêntrico, convencido das suas capacidades; o segundo simples e humilde, desconhecedor da dimensão do seu talento.
Cem milhões de pessoas votaram e optaram pelo segundo. E nem imaginam o que ganharam!
Nota negativa para Simon Cowell, que nem se levantou para aplaudir o vencedor!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Todos os anos, durante cerca de 10 dias costumo correr mundo ... Este ano, os dez dias transformaram-se em dez meses. E não é que eu não tenha gostado, mas as malas nunca foram para a arrecadação, como costumo fazer lá. Ficaram dentro dos armários e sempre que abria a porta lá estavam elas a dizer-me que esta não era a minha casa. Talvez se as tivesse guardado, hoje não tivesse o bilhete na mão e não estivesse com tanta ansiedade para voltar. E garanto a quem me acusa de estar maluca que a responsabilidade do meu regresso é inteiramente das malas que nunca foram para a arrecadação.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sinceramente estou surpreendida comigo ... este ano vai ficar marcado na minha vida também por ser o ano em que mais filmes vi e menos livros li ... The Curious Case of Benjamin Button é para mim o melhor filme que vi este ano. Voltarei a ele brevemente.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Se há coisa que me irrita é desejarem-me boa-noite às duas e meia da tarde!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

É literalmente de velhinhos que quero falar hoje ... nem sequer vou utilizar a palavra idosos ou pessoas de idade. Velhinhos são pessoas que passaram a barreira de idosos ... são pessoas de olhos pequeninos mas sorridentes, a cara enrugada e umas mãos magrinhas, com muitos sinais, mas cheias de história e de vitórias. Vê-se no rosto dos velhinhos a vida que tiveram e nem se tenta imaginar tudo por que passaram ... E respeitamo-los!

Não gosto de ver os velhinhos em lares, sentados todos os dias no sofá a olhar para uma caixa barulhenta que não lhes diz nada. Não! Mas também não gosto de os ver a trabalhar, como vejo todos os dias aqui, à entrada do supermercado, de pé , a varrer o que nós atiramos para o chão, a colocar as nossas compras nas sacas, a tirar os tabuleiros, a limpar as mesas, escritórios... Ver a dificuldade com que se dobram para apanhar algum papel do chão, ou a dificuldade com que se erguem, ou mesmo a dificuldade com que caminham, revolta-me ...Por cá, parece-me que todos são indiferentes...é tudo uma questão de hábito...Um dia perguntei a um por que razão ainda trabalhava e só depois é que compreendi ... É tudo uma questão de seguro de saúde!

domingo, 10 de maio de 2009

O filme Nothing but the Truth passou a estar na minha lista dos preferidos. Extraordinária história ... surpreendente final... Tal como em tudo na vida, os filmes também têm de me surpreender ...se antecipo o final é porque alguma coisa falhou. Foi o que aconteceu com Slumdog Millionnaire...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Às vezes parece-me que anda tudo do avesso, pois tenho a sensação de que este país é que é pobre e que o nosso é muito rico. Vem isto a propósito das obras que estão a fazer na marginal em frente à minha casa: granitos por toda a parte, dizem-me. Ora sabendo nós o preço do metro quadrado do granito (ainda por cima lapidado) é fácil ver que não é obra de país que está na maior crise financeira desde os anos 30. Eu sei que é ano de eleições, mas podiam moderar os gastos...é que aqui, neste país rico, não se vê granito, é cimento e às vezes nem isso! Manias de imagem ...

p.s. qualquer dia provo o que disse com umas fotos.

Ontem estive ao telefone com uma grande amiga e quando ambas dizíamos que já faltava pouco e que tinha passado muito depressa eis que surge a pergunta do lado de lá "E então, gostaste dos Estados Unidos?!" Respirei fundo para lhe começar a falar do estado das ruas, das casas pouco modernas, das mobílias super antiquadas, das pontes todas enferrujadas, dos bares decorados com televisões, do excesso de regras, quando reparei que não era disso que ela estava à espera. Ela queria ouvir o contrário, que este é que era um país desenvolvido, com poder de compra e coisa e tal ... e pronto, para não a decepcionar só lhe consegui responder que sim, o que é verdade, e que ela é que havia de gostar de viver cá! Afinal, quem sou eu para estragar os sonhos dos outros?!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Se este ano, o Governo conseguiu reembolsar o IVA aos contribuintes um mês após a entrega da declaração, por que razão não o fez no ano passado? E quando a crise passar, o reembolso vai tornar a ser só em Agosto? É que de Maio a Agosto são três meses, vezes ...
Ir para o desemprego pode ter aspectos positivos ... é uma oportunidade de se levantar do sofá, arregaçar as mangas, sorrir para a vida e começar de novo ... Há um mundo de possibilidades à espera de ser descoberto ... Arriscar é a palavra de ordem.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Nuno Álvares Pereira

Ainda ontem, cá em casa, se discutia este mesmo assunto ... e hoje reparei que o Pina concorda connosco!

Santo sim, mas não tanto
2009-04-28
JN
Na infância queria ser santo. Rezei, fiz penitências, dei o lanche que trazia de casa aos pobres. Era uma espécie de investimento, que esperava cobrar com juros no Céu. Tinha sido mal informado. Um dia li uma biografia de Santo Inácio de Loyola e descobri que o caminho para a santidade era um pouco mais tortuoso do que pensava, e começava - antes de passar às orações propriamente ditas - por matar franceses em Navarra e perseguir mouros que duvidassem da virgindade de Nossa Senhora. Matar espanhóis e enforcar camponeses sublevados, como S. Nuno Álvares Pereira, e ser filho de prior e neto de arcebispo, senhor de Barcelos, Braga e Guimarães, Montalegre e Chaves, Ourém e Porto de Mós, Alter do Chão e Sousel, Borba e Vila Viçosa, Estremoz e Arraiolos, Montemor e Portel, Almada, Évora-Monte, Monsaraz, Loulé e mais reguengos e lugares, também ajudava. Como não tinha terras nem tencionava matar mouros ou espanhóis, desisti da santidade. Continuei a partilhar o lanche com os colegas pobres (e, como S. Francisco de Assis, com os animais vadios da vizinhança) apenas, que Deus me perdoe, por humanidade.
Não consigo deixar de pensar no Ensaio sobre a Cegueira, perante esta nova pandemia.

A credibilidade conquista-se!

Será isto uma verdadeira democracia ... ou apenas andamos a brincar ao faz de conta ... será que há pessoas que são mais importantes do que outras, ou mais credíveis, ou somos todos considerados cidadãos e tratados da mesma forma ... e por que razão a palavra de uns serve para justificar faltas e outros, nas mesmas circunstâncias, ficam sem voz e precisam da assinatura de um médico? É este o exemplo que queremos dar aos nossos jovens? É assim que queremos que a nossa sociedade se desenvolva? Onde está a igualdade? E a justiça? E por que é que o povo não se incomoda com esta situação? O que se passará na nossa sociedade que nos põe adormecidos e que permite que situações destas sejam consideradas normais? Eu sei que para alguns isto não é nada, mas para outros estas injustiças fazem a diferença... e este exemplo é muito pequenino...
Parlamento
Palavra dos deputados "faz fé" para justificar faltas
por FRANCISCO ALMEIDA LEITE

06 Abril 2009 in DN

Jaime Gama ordenou mudanças no regime de presenças e faltas, mas deputados podem faltar cinco dias sem apresentar justificação.
"A palavra do deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais". É esta a redacção do ponto sete do novo regime de presenças e faltas dos deputados em plenários, que o presidente da Assembleia da República fez aprovar. Jaime Gama acabou por deixar a possibilidade de os deputados poderem alegar ausência por motivo de doença sem que para isso seja necessária a apresentação de quaisquer justificativos nos primeiros cinco dias. Excepto quando a doença "se prolongue por mais de uma semana". Ou seja, um deputado que falte e que com isso impeça ou prejudique uma votação pode invocar doença sem que tenha que apresentar qualquer tipo de atestado médico.
De fora ficou o apertar da malha aos faltosos, exigido por vários partidos após o episódio de 5 de Dezembro, quando a ausência de 48 deputados impediu a aprovação de um projecto de resolução do CDS/PP que recomendava ao Governo a suspensão da avaliação dos professores.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

E cá está, para mim, um dos melhores jornalistas de Portugal, Mário Crespo, a escrever o que todos pensam ...


Os bons e os maus

2009-04-27

in JN

Já há mais jornalistas a contas com a justiça por causa do Freeport do que houve acusados por causa da queda da ponte de Entre-os-Rios. Isto diz muito sobre a escala de valores de quem nos governa.

Chegar aos 35 anos do 25 de Abril com nove jornalistas processados por notícias ou comentários com que o Chefe do Governo não concorda é um péssimo sinal. O Primeiro-ministro chegou ao absurdo de tentar processar um operador de câmara mostrando que, mais do que tudo, o objectivo deste frenesim litigante é intimidar todos os que trabalham na comunicação social independentemente das suas funções, para que não toquem na matéria proibida. Mas pode haver indícios ainda piores. Se os processos contra jornalistas avançarem mais depressa do que as investigações do Freeport, a mensagem será muito clara. O Estado dá o sinal de que a suspeita de haver membros de um governo passíveis de serem corrompidos tem menos importância do que questões de forma referentes a notícias sobre graves indícios de corrupção. Se isso acontecer é a prova de que o Estado, através do governo, foi capturado por uma filosofia ditatorial com métodos de condicionamento da opinião pública mais eficazes do que a censura no Estado Novo porque actua sob um disfarce de respeito pelas liberdades essenciais. Não havendo legislação censória está a tentar estabelecer-se uma clara distinção entre "bons" e "maus" órgãos de informação com advertências de que os "maus" serão punidos com inclemência. O Primeiro-ministro, nas declarações que transmitiu na TV do Estado, fez isso clara e repetidamente. Pródigo em elogios ad hominem a quem não o critica, crucifica quem transmite notícias que lhe são adversas. Estabeleceu, por exemplo, a diferença entre "bons jornalistas", os que ignoram o Freeport, e os "maus jornalistas" ou mesmo apenas só "os maus", os que o têm noticiado. Porque esses "maus" não são sequer jornalistas disse, quando num exercício de absurdo negou ter processado jornalistas e estar a litigar apenas contra os obreiros dos produtos informativos "travestidos" que o estavam a difamar. E foi num crescendo ameaçador que, na TV do Estado, o Chefe do Governo admoestou urbi et orbi que, por mais gritantes que sejam as dúvidas que persistem, colocar-lhe questões sobre o Freeport é "insultuoso", rematando com um ameaçador "Não é assim que me vencem". Portanto, não estamos face a um processo de apuramento de verdade. Estamos face a um combate entre noticiadores e noticiado, com o noticiado arvorando as armas e o poder que julga ter, a vaticinar uma derrota humilhante e sofrida aos noticiadores. Há um elemento que equivale a uma admissão de culpa do Primeiro-Ministro nas tentativas manipulatórias e de condicionamento brutal da opinião pública: a saída extemporânea de Fernanda Câncio de um painel fixo de debate na TVI sobre a actualidade nacional onde o Freeport tem sido discutido com saudável desassombro, apregoa a intolerância ao contraditório.

Assim, com uma intensa e pouco frequente combinação de arrogância, inabilidade e impreparação, com uma chuva de processos, o Primeiro Ministro do décimo sétimo governo constitucional fica indelevelmente colado à imagem da censura em Portugal, 35 anos depois de ela ter sido abolida no 25 de Abril.

sábado, 25 de abril de 2009

Mais do que actual, esta canção do Zeca Afonso ganha ainda mais sentido cantada por estes professores.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

É sempre um privilégio ler Manuel António Pina

Olho em volta, hesitante: digo?, não digo? Porque, por estes tempos, ter opinião é mais soturno e melancólico, caro Cesário Verde, que andar por aí sozinho e mal acompanhado "nas nossas ruas, ao anoitecer". Atrevo-me?, não me atrevo?; escrevo?, não escrevo? E se apanho, também eu, com um processo? E se sou chamado à intendência do dr. Proença de Carvalho ou a alguma das outras?

Mas não é verdade que Cavaco Silva, o temerário, se atreveu e, até ver, ainda não foi processado? Respiro fundo, ganho coragem e atiro-me de cabeça: gastar, enquanto se fala de crise, um milhão de euros dos contribuintes em carros de luxo para alguns figurões da AR é escandaloso num país com dois milhões de pobres e centenas de milhar de idosos e crianças com fome. Uff, pronto, já disse! Entretanto, a conselho do meu advogado, retiro a palavra "figurões" e substituo-a por "altas figuras", e retiro "escandaloso" e substituo-o por "duvidoso". Declaro ainda que não pretendo com o que disse pôr em causa a honra e consideração devidas ao Governo, à AR ou à Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol. E que Deus me proteja.

domingo, 19 de abril de 2009

Eu até me habituei a conduzir devagar, a parar em todos os STOPs, não meter mudanças; com alguma dificuldade, vou-me habituando à comida, tiro os sapatos antes de entrar em casa de alguém, mas o que sinto mais dificuldade é mesmo não cumprimentar as pessoas, isto é, não cumprimentar como se cumprimenta em Portugal. Quem é que em Portugal vê os seus amigos e não lhes dá dois beijinhos? Pois é, isso por cá é impensável. No outro dia, num acto irreflectido, claro, cumprimentei a minha amiga Karin com dois beijos ... quase entrou em pânico ... lá tive de me desculpar com o costume portugûes ... no dia seguinte, quando me viu, acenou-me de longe, não fosse eu ter outro acto irreflectido ...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O cérebro é muito estranho ... mesmo quando lhe dizemos que já terminou, que está tudo pronto e que pode descansar, continua a acordar à noite e a acender as luzes ... "enviaste os .... compraste as... telefonaste a ... trouxeste os ...". Bem lhe digo que um verdadeiro coordenador tem de confiar, mas ele dá cá umas risadinhas ...

quinta-feira, 26 de março de 2009

A dualidade instala-se ... afinal aonde pertencemos? Visualizo, mentalmente, várias vezes por dia o mapa mundi ... vejo-me aqui , mas é naquele país minúsculo (ganhei essa consciência este ano) que está tudo o que sou: família, amigos, serras, mar, sol, planícies, rios, literatura, teatro, música, poesia ... Só não digo que a distância aumentou o meu amor pelo meu país porque já o amava antes de vir para cá, mas realmente a distância permitiu que apreciasse aqueles pequenos pormenores ... E agora sei que coisas minúsculas lá, são acontecimentos gigantescos cá: ouvir Maria João Pires, na rádio, enquanto conduzo numa qualquer auto-estrada dos Estados Unidos, comprar um bilhete para o concerto de Mariza, ver Fernando Pessoa à venda numa livraria, oferecer vinho do Porto, ...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Admito que tenho uma curiosidade natural por pessoas ... observo os seus actos e comportamentos, avalio as suas atitudes, arrisco pensamentos ... e quando advinho festejo sozinha. Gosto de sentir o que os outros sentem e creio que só assim é possível compreender. Posso tentar imaginar o que é perder uma mão, um seio, um filho, até posso imaginar como é viver num país em guerra, ou sob ocupação inimiga mas nunca conseguirei sentir se não tiver vivenciado.
A problemática da emigração sempre me fascinou. Não as razões que levam os emigrantes a procurar outras terras. Essas todos as conhecemos. Mas o que sentem quando partem, o que sentem quando estão e o que sentem quando voltam.
E, de repente, eis-me dentro desta problemática ...ser de um país e viver noutro.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Perspectivas

Três meses é pouco, mas noventa e dois dias é tanto...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Aqui tão longe, começo a acreditar que o meu sonho de Escola é possível ... "Não sonhes muito alto!" dizem-me vozes que estão no terreno "Olha que nada os entusiasma!" ou então "Isso são teorias. A prática é muito diferente!"
É tão fácil ir na corrente. É tão cómodo. Começo a acreditar que o difícil é mesmo continuar a sonhar e a fazê-los sonhar.


quinta-feira, 5 de março de 2009

Começa a contestação à política de Obama.
E começa a minha contagem decrescente.
Mais uma semana em que não vou andar por cá...a menos que o tempo sobre.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Por outras palavras, os Gato Fedorento concordam que o sentido da vida é ser feliz. Mas escusavam de explorar o pós-vida ... se eles tivessem que acordar de noite para sossegar o filho de que não vai ser cocó...


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Por Outras Palavras de Manuel António Pina

"Explica Álvaro Magalhães em "História natural do futebol" (Assírio & Alvim, 2004) que a palavra "derby", aportuguesada para dérbi, tem origem num sangrento jogo medieval realizado anualmente em Derby, Inglaterra, no qual, durante um dia, 500 jogadores de cada uma das duas metades da cidade disputavam violentamente (a coisa acabava sempre com mortos e feridos) uma bola ao longo da povoação e campos vizinhos.
Foi aí que os jogos de futebol, habitualmente intensos, entre equipas rivais da mesma cidade ou região, como o Sporting-Benfica de amanhã, foram buscar o nome de dérbis. Se o Sporting-Benfica é o dérbi da semana, o do ano é o Freeport-BPN, disputado diariamente na Comunicação Social entre as duas metades do Bloco Central. O Freeport joga em casa, pelo menos até Outubro, o que é vantagem não negligenciável pois a arbitragem, nestes casos, tende a ser caseira. Só que ambas as formações têm defesas onde avultam os centrais mais altos do Estado e, posto que o jogo se disputa entre equipas A e B do mesmo respeitável clube de cavalheiros, o resultado mais provável será o português 0-0 do costume."

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Então é assim que tudo começa... de mansinho...uma coisa aqui....uma coisa acolá... instauram um processo disciplinar aqui, por comentários pouco favoráveis, perseguem um professor acolá, por fazer greve, legislam o que lhes apetece aqui, sem respeitar a Constituição, controlam a comunicação social acolá, controlam a liberdade de expressão aqui e agora até já censuram o Carnaval acolá em Torres Verdas... Então é assim que tudo começa!! Amanhã vem dizer que não tem nada a ver com isso ...foi uma simples anónima que fez queixa e desta vez que não haja queixa da rapidez da justiça. Eu sempre tive curiosidade de saber de que forma um povo se deixava subjugar...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Após dois meses mergulhada na brancura da neve, eis que no domingo, dia oito, ao abrir as cortinas deslumbro o verde da relva ... e a verdade é que fiquei tão maravilhada por ver finalmente verde, como fiquei quando tudo se vestiu de branco ...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Todos os dias vou até aqui ... é um amigo que me ajuda a construir.

Nem sequer é quase ... as mãos desprendem-se mesmo do corpo que fica quieto a sentir aquela massagem cerebral ...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Se fosse um comunicado do Benfica, ou do Porto, ou do Sporting estaria lá a imprensa toda e seria abertura de telejornais. Mas foi só a apresentação de uma prova sobre a Inconstitucionalidade do novo modelo de avaliação de professores que este Ministério quer impor e foi o que se viu ... na RTP1, nada! Depois não se queixem da crise de valores ...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Dreams

Eu tenho sonhos. Tenho tantos sonhos que até tenho medo de ter sonhos a mais. E achava que alguns sonhos nunca iriam passar de sonhos, sei lá porque se não se realizaram até aos 20, 25 então dificilmente se realizariam. E continuavam a ser sonhos para talvez deixarem de o ser numa outra vida. Só que, de repente, lembrei-me que esta poderia ser a única vida e decidi realizar um sonho que deve ter a minha idade ... vê-lo assim, solto, nas teclas do piano lembra-me alguém que não sabia que idade tinha ...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tarântulas



Depois de uma longa pesquisa sobre tarântulas, escolha do Miguel para o Show and Tell deste mês, posso garantir-vos que este aracnídeo não é perigoso para os humanos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Há coisas que me fazem sentir muito pequenina, como este pai...

Mais uma tentativa de me prender cá:
- Já reparaste que aqui não há moscas?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

"Nem por isso os gregos desmereceram o poder da leitura: de posse de um alfabeto importado dos fenícios, a que acrescentaram cinco signos, "para representar as vogais", trataram de difundi-lo via escola, instituição que começou a se expandir a partir do século VI a.C., intensificando-se no século IV a.C. e seguintes. Originalmente, predominou a a forma da leitura em voz alta (...) "

...

"Somente no século III d.C. difunde-se a prática da leitura silenciosa, tendência que se consolida graças a uma transformação de ordem técnica: a substituição do volumen ou rolo pelo códex, formato aproximado ao que tem hoje o livro."

Regina Zilberman

Fim do livro, fim dos leitores?

Editora Senac

São Paulo

2001, páginas 59 e 67

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Zacarias

Ontem voltei à escola, à sala de aula, para participar na comemoração do centésimo dia de aulas. No Kindergarten havia uma série de actividades que contava com a colaboração dos pais. Fiquei numa mesinha, com os óculos de papel com a forma 100, para colocar na face dos meninos, que eles deviam decorar com 100 autocolantes. Antes, porém, eu tinha de escrever o nome dos meninos nos respectivos óculos.
Estava tudo a correr bem, eis que surge o Zacarias...nem mais... um menino de 5 anos, lourinho, de olhos azuis ...
Eu - How do you spell your name?
Ele - /Zi/, /ei/,/si/,/kei/,/ei/,/ar/, /uai/
Tinha tudo corrido bem até ao ar mas com o uai parei e pus-me a rever o meu abecedário à procura de um correspondente ao uai e enquanto isso os outros deitavam-me uns olhos muito redondos e acusatórios por ter hesitado no uai. Quanto mais eles olhavam para mim, mais bloqueada eu ficava. Preparavam-se para chamar a professora, quando uma luz me segredou ipsilon e lá arrisquei o Y. Uff! No fim, contente com o meu trabalho, pronunciei o nome alto /Zacari/!!
Ele - It's not /Zacari/ . It's ...
E lá pronunciou o nome dele, mas eu não vi diferença nenhuma.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Eu sabia que hoje não era o dia certo para ir às compras, mas mesmo assim aventurei-me...enfim dois pacotes de bolachas de chocolate, gomas, morangos, chantilly, uma tarte de limão... e não digo mais.

Mas ganhei um pôr-de-sol extraordinário.
Não sei onde li ou ouvi que os melhores espectáculos são de graça. É mesmo verdade.
As Fábulas, de La Fontaine, editadas entre 1668 e 1694 foram as primeiras histórias escritas que vieram a ser consideradas Literatura Infantil.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Uma das razões que me faz pensar ficar, é que aqui é possível viver sem futebol.

Gostava de ter um audioblog, para poder dar voz a este discurso.

Há dois post atrás, repudiei qualquer semelhança com o Fernando Pessoa. Vejam lá porquê.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Emigrantês

Rafael - Mãe, como é que se chama o nesto das abelhas?

...

Miguel - Mãe, já te remembras?

Desde criança que adoro nicknames mas nunca consegui encontrar um adequado para mim...sei lá, gostava de ser assim como a Whisper, ou o Legível ou o De-propósito, escolher um e usá-lo até ao fim do blog, mas não resisto a ir mudando. Garanto que não tem nada a ver com o PESSOA.

Por falar em gostar, às vezes também gostava de ser um bocadinho assim.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Raças (que até me arrepio só de escrever esta palavra)

Nunca antes tinha pensada na minha raça ... tinha a leve noção de que era branca ou amarelada ou cor de pele (como diz o meu filho quando quer pintar os bonecos que desenha) mas nunca pensei nisso como raça ... até ter vindo para cá ...quando tive de decidir a raça dos meus filhos no boletim de inscrição da escola, aí sim, surgiu-me a dúvida que hei-de ter até ao final da minha vida ... o que é isso de raça? Ora vejam lá no início da 4ª folha. Já agora, quanto à etnia, serei latina?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Blogosfera

Ontem estive todo dia na Net, a visitar blogs amigos e a conhecer outros. Era uma viagem que já não fazia há algum tempo e que me fez bem. Descobri o blog registo civil que me deixou com a lágrima no canto do olho ... de tanto me rir. Admiro as pessoas com sentido de humor, por isso este vai ser um dos blogs que vou passar a frequentar. Vejam , por exemplo, o 3º post do dia 31 de Julho. Simplesmente fantástico.

Diferenças, 6

Entre os muitos "choques civilizacionais" que vivi desde que cheguei aos EU, nenhum se comparou ao de viver numa casa com alcatifa. E não pensem que não andei à procura de outras casas. A verdade é que das poucas que havia para alugar, todas tinham alcatifa e o mais engraçado era que quanto mais alto o pêlo, mais alta a renda.

Claro que depois não me espantou nada encontrar nos supermercados, um corredor dedicado a medicamentos para as alergias.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Se eu fosse Ministra da Educação

Eu sei que não sou, mas e se fosse? Quais seriam as minhas medidas? E o que é que eu posso fazer para construir a escola dos meus sonhos?
1ª medida - Acções de formação para os pais. Todos os pais ou candidatos a pais teriam de frequentar formação específica que os ajudasse a desempenhar, nas diferentes etapas da vida da sua criança, tão importante papel social.
Não, não queria aborrecê-los com teoria. As acções seriam simplesmente levá-los a museus, concertos de música clássica, teatro, leituras, tertúlias ... para desenvolverem o seu gosto cultural e assim poderem desenvolver o dos seus filhos e consequentemente o do nosso país. Parece um absurdo não é? Pois é, há quem diga que sonhar é um absurdo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Diferenças, 5

Surpreendentemente, por cá, o nome email deu origem ao verbo to email e dou comigo a dizer frases como estas "I email you." ou "Please, email me." É mesmo giro!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Manias incómodas


Quando todos se entusiasmam com a tomada de posse (inauguration, por cá) do Presidente Obama, não consigo deixar de pensar na mudança que vai ocorrer na vida daquela família, sobretudo na vida daquelas crianças . Ironicamente, ser Presidente dos EU implica perder a liberdade...a liberdade de ir ao café da esquina ler o jornal, de passar um dia com as filhas na praia, de ir a um museu ou a um cinema ou até mesmo às compras, enfim, a liberdade de viver aqueles pequeníssimos momentos da vida que a tornam grande. Mas isto, sou eu que tenho a mania de pensar, às vezes.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Martin Luther King

Comemora-se hoje o dia deste homem que nos mostrou que vale a pena acreditar nos sonhos.
Comemora-se, amanhã, a chegada à presidência dos EU de um outro homem que nos diz que podemos continuar a sonhar.
O primeiro foi assassinado. Até quando viverá o segundo?

Este texto foi retirado na íntegra daqui.
Os sublinhados são meus.

Martin Luther King, Jr., (January 15, 1929-April 4, 1968) was born Michael Luther King, Jr., but later had his name changed to Martin. His grandfather began the family's long tenure as pastors of the Ebenezer Baptist Church in Atlanta, serving from 1914 to 1931; his father has served from then until the present, and from 1960 until his death Martin Luther acted as co-pastor. Martin Luther attended segregated public schools in Georgia, graduating from high school at the age of fifteen; he received the B. A. degree in 1948 from Morehouse College, a distinguished Negro institution of Atlanta from which both his father and grandfather had graduated. After three years of theological study at Crozer Theological Seminary in Pennsylvania where he was elected president of a predominantly white senior class, he was awarded the B.D. in 1951. With a fellowship won at Crozer, he enrolled in graduate studies at Boston University, completing his residence for the doctorate in 1953 and receiving the degree in 1955. In Boston he met and married Coretta Scott, a young woman of uncommon intellectual and artistic attainments. Two sons and two daughters were born into the family.In 1954, Martin Luther King accepted the pastorale of the Dexter Avenue Baptist Church in Montgomery, Alabama. Always a strong worker for civil rights for members of his race, King was, by this time, a member of the executive committee of the National Association for the Advancement of Colored People, the leading organization of its kind in the nation. He was ready, then, early in December, 1955, to accept the leadership of the first great Negro nonviolent demonstration of contemporary times in the United States, the bus boycott described by Gunnar Jahn in his presentation speech in honor of the laureate. The boycott lasted 382 days. On December 21, 1956, after the Supreme Court of the United States had declared unconstitutional the laws requiring segregation on buses, Negroes and whites rode the buses as equals. During these days of boycott, King was arrested, his home was bombed, he was subjected to personal abuse, but at the same time he emerged as a Negro leader of the first rank.In 1957 he was elected president of the Southern Christian Leadership Conference, an organization formed to provide new leadership for the now burgeoning civil rights movement. The ideals for this organization he took from Christianity; its operational techniques from Gandhi. In the eleven-year period between 1957 and 1968, King traveled over six million miles and spoke over twenty-five hundred times, appearing wherever there was injustice, protest, and action; and meanwhile he wrote five books as well as numerous articles. In these years, he led a massive protest in Birmingham, Alabama, that caught the attention of the entire world, providing what he called a coalition of conscience. and inspiring his "Letter from a Birmingham Jail", a manifesto of the Negro revolution; he planned the drives in Alabama for the registration of Negroes as voters; he directed the peaceful march on Washington, D.C., of 250,000 people to whom he delivered his address, "l Have a Dream", he conferred with President John F. Kennedy and campaigned for President Lyndon B. Johnson; he was arrested upwards of twenty times and assaulted at least four times; he was awarded five honorary degrees; was named Man of the Year by Time magazine in 1963; and became not only the symbolic leader of American blacks but also a world figure.At the age of thirty-five, Martin Luther King, Jr., was the youngest man to have received the Nobel Peace Prize. When notified of his selection, he announced that he would turn over the prize money of $54,123 to the furtherance of the civil rights movement.On the evening of April 4, 1968, while standing on the balcony of his motel room in Memphis, Tennessee, where he was to lead a protest march in sympathy with striking garbage workers of that city, he was assassinated.
Só quando não temos as coisas é que lhes damos o valor. É assim com as pessoas, com os animais, mas também com as coisas ...Estive 3 dias sem Internet (é verdade, problemas devido à neve...sim estou nos EU mas aqui também há falhas!) e comecei a asfixiar sem novidades lá daquele country a que chamaram Portugal ... é a que a Internet tem poderes mágicos que me fazem estar lá, sem sair de cá.

Por falar nisso, MAIS UM DIA DE GREVE PARA OS PROFESSORES com adesões elevadíssimas. É hoje que a Ministra se demite!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Diferenças, 4


Ontem, ao jantar, reparei que o meu filho mais velho, em vez de utilizar os talheres para comer o panado, estava a comê-lo com as mãos!! Após o meu grito de censura, lá surgiu a explicação: os meus colegas também comem assim.
Apeteceu-me perguntar-lhe se se atiraria de uma ponte se os colegas também se atirassem, mas depois contive-me. (Quantas vezes contestei os meus pais por utilizarem esta mesma expressão...em relação a mim!) Afinal, a integração social impõe a imitação dos hábitos culturais (apesar de ele ter acabado a refeição com garfo e faca!).

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

E o amor não interessa?

O Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, advertiu ontem as jovens cristãs, numa tertúlia no casino da Figueira da Foz, para pensarem bem pois "casar com muçulmanos pode causar «um monte de sarilhos»".

É caso para perguntar ao Dom José o que fazer, então, ao amor.

Diferenças, 3

Às vezes, gostava de saber o que pensam os meus vizinhos de nós. Eles levantam-se por volta das seis da manhã. Nós às sete e meia. Eles almoçam às onze da manhã. Nós à uma e meia. Eles jantam às cinco da tarde. Nós às oito. Eles deitam-se às nove da noite. Nós à meia-noite.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Pais, educadores ou educandos?

A sociedade de consumo em que vivemos retira às crianças todo o prazer de brincar. Os pais modernos, constantemente preocupados com a felicidade dos filhos, esquecem-se que a felicidade não está no ter e cedem ao consumo, mesmo em tempo de crise. Raros serão os quartos das crianças onde não estão amontoados brinquedos de todos os tamanhos e feitios. Amontoados. Parados.
Quando é que os nossos pais compreenderão que sufocar as crianças com brinquedos, amarfanha-lhes a criatividade, dar-lhes jogos electrónicos, compromete a imaginação, pô-las diante da televisão, anestesia-as.
O que fazer perante uma sociedade que impõe o consumo?
Resistir e educar. Resistir é aprender a dizer não aos filhos. Educar, é ensiná-los a brincar, brincando com eles.
Quando cheguei aos EU, os meus filhos traziam uma mochila com brinquedos. Nada de extraordinário ... miniaturas de guerreiros, dinossauros, carrinhos, soldadinhos, cartas e o jogo de magia. Quando nos instalámos em nossa casa, todas essas miniaturas ganharam vida ...construíram um forte com pedras verdadeiras para os soldados, pontes movediças, armadilhas e criaram verdadeiras lutas medievais.
Quero com isto dizer que não foi preciso comprar um castelo de 150 dólares que ficaria arrumado no armário após a primeira semana. Nem foi preciso, tão pouco, comprar alavancas ou catapultas automáticas ... eles construiram-nas. E nem um cêntimo em pilhas. Era só ouvir os sons que as suas vozes faziam para sabermos que as pilhas nunca precisariam de ser substituídas. É disto que estou a falar. Criatividade, imaginação, determinação.
Quando os pais aceitarem que um pau apanhado do chão pode transformar-se no volante de um automóvel, de uma mota ou de uma nave espacial, pode transformar-se numa vassoura mágica, numa espada, num cavalo ou numa varinha de condão ... quando os pais compreenderem que o melhor brinquedo que podem dar aos seus filhos é uma caixa vazia ... talvez as crianças voltem a ser crianças.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Emigrantês

Em conversa com uma amiga ao telefone falava-lhe dos meus progressos na língua inglesa e na dificuldade que senti no início para perceber o que as pessoas de Pittsburgh diziam por causa do "acento". Se estando aqui apenas há 5 meses, já faço estas adaptações lexicais, quando chegar a  Portugal vou ter de pensar duas vezes antes de falar... para bem dos meus alunos!


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A constatação de que nunca iria conseguir ler todos os livros que queria aconteceu há uns 15 anos atrás e desde aí a angústia vem aumentando.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tenho saudades dos livros que deixei em Portugal como se fossem pessoas. Saudades de os ver ali, de pegar neles, de os folhear, de ler passagens sublinhadas, ou páginas marcadas. Porque os meus livros e eu somos o mesmo.

(Já deu para perceber que estou com um trabalho para terminar e estou a pensar em tudo menos no trabalho! Proibo-me de voltar aqui enquanto não acabar o trabalho. Não, não posso proibir porque tenho uma tendência para não obedecer. Talvez a única forma seja ligar para a comcast e cancelar o contrato da Internet!)

Adoro fazer anotações nos livros, reflexões que vão surgindo à medida da leitura. E quando me pedem emprestado um livro (odiava emprestar livros) sinto um nó muito apertado por, para além do livro, ir também um bocadinho de mim. Eu sei que as pessoas lêem o que escrevo, e por mais que lhes diga "Não ligues às minhas anotações", sei que elas terão sempre a curiosidade de espreitar.

Aconteceu-me num Verão quando uma amiga me estava a devolver um livro de Paulo Coelho Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei ter-me dito "Gostei muito do livro e adorei as anotações." Nesse momento senti que toda a roupa que trazia vestida se tinha desapertado e caído. Sorri e tentei ver nos olhos dela a que é que ela se estaria concretamente a referir. Para me descansar disse-me "Também deixei lá algumas anotações. A lápis, para apagares, se quiseres." Claro que ainda lá estão.

Irrita-me tanto em mim, quando tenho um trabalho para entregar e o prazo começa a apertar, encontrar tantas desculpas para não o acabar... fico logo com uma vontade incompreensível de dormir, depois dá-me umavontade imensa de arrumar a casa ou de passar a ferro. Ultimamente tem sido cozinhar! Às vezes, gostava de ter mais paciência para me compreender...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Terminei hoje a minha primeira peça de teatro.
Terminei hoje a minha primeira peça de teatro!
Terminei hoje a minha primeira peça de teatro!!
Terminei hoje a minha primeira peça de teatro!!!
TERMINEI HOJE A MINHA PRIMEIRA PEÇA DE TEATRO!!!!!!!
TERMINEI HOJE A MINHA PRIMEIRA PEÇA DE TEATRO!!!!!!!!!!!!
TERMINEI HOJE A MINHA PRIMEIRA PEÇA DE TEATRO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ainda não acredito.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Anita Renfroe

O discurso de mãe e a globalização