segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A Segunda Manifestação

Há muito que não sentia uma sensação de culpa tão grande. Os meus colegas estavam lá e eu não podia. Tinha um oceano pela frente e senti-me um traidora.

Durante o dia procurei ter notícias do que se passava através da internet. Breves referências, nos jornais. Nos telejornais, poucas reportagens para imensidão de professores na manifestação. E depois o comentário da Ministra, no Porto. A prova inequívoca da cegueira política. Como é possível negar o direito de mudança a 120.000 pessoas. 120.000. Não foram 100, nem 200, nem 1000, nem 10.000. Nem sequer 100.000.
Como é possível insistir na reforma, quando todos os intervenientes estão contra. Quem fará a reforma? E de que forma?

Não sei o que vai acontecer daqui para a frente nas escolas. A avaliação está suspensa em muitas delas. Mas temo que esta reacção nos faça recuar.
Os Sindicatos prometem um greve geral para o dia 19 de Janeiro. Desde já manifesto o meu desacordo por esta data. Em primeitro lugar, esta greve vai desunir os professores: em muitos casos o ordenado de um dia faz muita diferença; em segundo lugar, a existir greve, esta deveria ser às avaliações do 1º período, durante uma semana ou duas, num esquema organizado entre professores, para não esvaziar completamente os nossos bolsos e até o Ministério ceder. Só isso daria resultado.

Já agora, vale a pena ouvir os sinais de Abismo de Fernando Alves, na TSF
http://tsf.sapo.pt/programas/programa.aspx?content_id=903681&audio_id=1041730

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