terça-feira, 28 de abril de 2009

Nuno Álvares Pereira

Ainda ontem, cá em casa, se discutia este mesmo assunto ... e hoje reparei que o Pina concorda connosco!

Santo sim, mas não tanto
2009-04-28
JN
Na infância queria ser santo. Rezei, fiz penitências, dei o lanche que trazia de casa aos pobres. Era uma espécie de investimento, que esperava cobrar com juros no Céu. Tinha sido mal informado. Um dia li uma biografia de Santo Inácio de Loyola e descobri que o caminho para a santidade era um pouco mais tortuoso do que pensava, e começava - antes de passar às orações propriamente ditas - por matar franceses em Navarra e perseguir mouros que duvidassem da virgindade de Nossa Senhora. Matar espanhóis e enforcar camponeses sublevados, como S. Nuno Álvares Pereira, e ser filho de prior e neto de arcebispo, senhor de Barcelos, Braga e Guimarães, Montalegre e Chaves, Ourém e Porto de Mós, Alter do Chão e Sousel, Borba e Vila Viçosa, Estremoz e Arraiolos, Montemor e Portel, Almada, Évora-Monte, Monsaraz, Loulé e mais reguengos e lugares, também ajudava. Como não tinha terras nem tencionava matar mouros ou espanhóis, desisti da santidade. Continuei a partilhar o lanche com os colegas pobres (e, como S. Francisco de Assis, com os animais vadios da vizinhança) apenas, que Deus me perdoe, por humanidade.

1 comentário:

Alberto Oliveira disse...

... vale tudo(?!) para distrair as massas dos problemas cada vez mais graves dos portugueses. A honra do convento lusitano está salva, pois se a selecção de futebol está em vias de não se qualificar para o Mundial da especialidade, Nuno Alvarez (assim mesmo apareceu escrito o seu nome na informação do Vaticano) trouxe o mais alto galardão para Portugal (equivalente a uma medalha de ouro) na modalidade da espadeirada.